The Mary Jane revive clássico com potência em “RE L.I.V.E” – Um retorno grandioso direto da Letônia

The Mary Jane relança seu álbum de estreia com nova força e celebra 30 anos de rock alternativo direto da Letônia.

Diretamente de Riga, capital da Letônia, a banda The Mary Jane mostra que o tempo só fez bem ao seu rock alternativo visceral. Com quase 30 anos de estrada, eles retornam aos holofotes com o relançamento de seu primeiro álbum, agora batizado de “RE L.I.V.E” — uma nova roupagem de “Lost Innocence Vast Ego” (2004), disco que marcou época na cena alternativa local. Confira abaixo:

 

 

Formação

 

Formada em 1995 como uma banda escolar, o The Mary Jane passou por diversas mudanças em sua formação. Uma das curiosidades dessa fase inicial foi a breve participação do brasileiro Jayr Fernandes na bateria. Estudante de intercâmbio, Jayr teve que retornar ao Brasil após seis meses, mas deixou sua marca na sonoridade quente e emocional do grupo. A partir dos anos 2000, a banda encontrou estabilidade e passou a ganhar destaque na cena letã, culminando com o lançamento do debut, indicado ao prêmio de Melhor Álbum de Rock no Latvian Music Awards.

 

Influências

Musicalmente, o The Mary Jane bebe de várias fontes. Seus integrantes possuem gostos diversos, que vão do jazz ao metal. Ainda assim, o rock é o centro gravitacional da banda, especialmente com a forte influência do grunge dos anos 90. Os nomes que moldaram sua sonoridade são emblemáticos: Nirvana, Pearl Jam, Deftones, Sepultura, Judas Priest, Pantera, Motley Crue, Beatles e Rolling Stones são apenas alguns dos culpados pelo peso e melodia de suas composições. Confira abaixo o vídeo de “Gasoline”.

 

 

RE L.I.V.E

O relançamento de “RE L.I.V.E” vem como uma redenção artística. Apesar do reconhecimento conquistado na época, o grupo nunca se sentiu plenamente satisfeito com a qualidade sonora do primeiro disco, prejudicado por limitações técnicas e orçamentárias. O álbum original parecia mais uma demo gravada ao vivo em estúdio — o que acabou gerando a sigla L.I.V.E. no nome — do que uma obra finalizada. Agora, com os recursos disponíveis e o envolvimento direto do vocalista e baixista Janis Grants, ao lado do produtor original Janis “Gonza” Kalnins, o álbum foi totalmente restaurado, remixado e remasterizado a partir das gravações originais. O resultado? Um registro poderoso e fiel à visão inicial da banda, como nunca foi possível ouvir antes.

 

Processo Criativo

 

Quanto ao processo criativo, o The Mary Jane revela algo quase místico: as músicas simplesmente “vêm”. Muitas vezes, surgem de jams despretensiosas que se transformam em faixas completas, num processo que beira a canalização espiritual. Um reflexo da química que os membros mantêm mesmo após tantos anos juntos.

 

Cenário musical atualmente…

Em relação ao cenário atual, eles reconhecem que o streaming e plataformas como YouTube são ferramentas essenciais de divulgação, mas deixam claro que o verdadeiro campo de batalha continua sendo o palco. Foi tocando ao vivo durante nove anos, antes mesmo de lançar um disco, que a banda firmou sua reputação. As redes sociais ajudam, mas a conexão real acontece no calor dos shows.

 

Planos para o futuro

O último single da banda “Get Me – Out Of Time” DE 2024 está disponível nos serviços de Streaming, confira:

 

 

Para 2025, os planos são ambiciosos: comemorar os 30 anos da banda com uma turnê comemorativa, promovendo “RE L.I.V.E” e celebrando essa trajetória cheia de paixão, suor e rock’n’roll.

 

Para os fãs…

A mensagem final da banda para os fãs é direta e sincera: “Obrigado pelo apoio ao longo dos anos. Juntem-se a nós, e vamos fazer essa festa juntos!”

 

Se você ainda não conhece o The Mary Jane, “RE L.I.V.E” é o ponto de partida ideal — um álbum que combina nostalgia e renovação, e prova que o bom rock alternativo europeu segue firme e relevante. Mas não deixe também de conhecer o bom álbum “In Jail” de 2018.

 

 

Siga nas redes sociais

87 views