Rodrigo Souza fala sobre escravidão do século 19 no blues “Liberdade Sonhada”

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A música traz guitarras que lembram o blues, e o rock, se fundindo em uma canção mais moderna que os tradicionais cantos de trabalho do século XIX.

Rodrigo Souza, músico de blues e rock do interior paulista mostra para todos o primeiro single de seu novo álbum de trabalho, que contará de forma musicada a história do delegado itapirense Joaquim Firmino, abolicionista morto em 1888, por se negar a caçar escravizados fugitivos.

 

A canção “Liberdade Sonhada” está disponível em todas as plataformas de streaming, no site do artista e também no youtube por meio de um Lyric Video.

 

A composição foi feita em parceria com o historiador e também guitarrista Adriano de Oliveira Barros. A letra fala sobre a liberdade que fora tomada dos escravizados que viviam em Itapira, cidade do interior de São Paulo, no século XIX. Apesar disso, eles ainda podiam sonhar em ser livres, ter uma alegria momentânea nas rodas de dança e música, para no dia seguinte enfrentarem a dura realidade.

 

 

“O objetivo desse álbum iniciado com esse single, será contar não apenas o fato do assassinato de Joaquim Firmino, mas também diversas situações que estão ao entorno dessa história, se tornando um material rico sobre a cultura local, mas que se repetia em muitos lugares do Brasil. Abordando a escravidão e seus desdobramentos de uma forma que sirvam para nosso momento atual”, analisou Rodrigo Souza.

 

A música traz guitarras que lembram o blues, e o rock, se fundindo em uma canção mais moderna que os tradicionais cantos de trabalho do século XIX. Porém, tem elementos que fazem referência à época como linhas melódicas e uma batida ritmada como os tambores das rodas de dança.

 

” Escrevi essa canção como uma forma de tentar representar o sentimento do negro escravizado no Brasil e sua relação com a música e a fé. Vitimados por um desumano e violento sistema escravista, eram raros os momentos que os escravizados tinham para se reconectar com sua ancestralidade e sua cultura. Uma forma de se fazer isso era o Jongo, uma dança que chegou ao Brasil através de Africanos de origem Bantu, vindos do Congo e da Angola, e que eram responsáveis pelos trabalhos nas lavouras de café e cana-de-açúcar”, explica Barros.

 

Além de Souza e Barros, a produção ainda conta com a participação de Bianca Reis, que ficou responsáveis pelos backing vocals. A produção musical ficou a cargo de Souza. A gravação foi realizada no seu instituto de música, em Itapira, interior de São Paulo.

 

 

Souza é músico, produtor musical, e guitarrista há 20 anos. Como artista lançou em 2019 seu primeiro EP, Down The River, mundialmente pelo Spotfy, e outras plataformas de streaming. Tem participado frequentemente de festivais de música recebendo elogios de críticas e público. Seu single, My Dream, produzido e gravado em seu estúdio, está há meses como uma das músicas ‘Top 5′ mais acessadas do estilo Blues no site Placo MP3, a maior plataforma de música independente do Brasil.

 

Conheça melhor o trabalho de Rodrigo Souza através de suas redes sociais: