O Nirvana era um sucesso: Nevermind (1991) havia chegado como um “furacão” e tirado até Dangerous (1991), icônico álbum do Michael Jackson, do topo. A gravadora pressionava a banda para lançar um novo trabalho; a banda sabia que precisava de mais tempo para isso. Para conseguir ganhar esse tempo, os músicos em parceria com a gravadora decidiram lançar uma coletânea de sobras de músicas que não faziam parte nem do Bleach (1989) e nem do Nevermind (1991): surgia assim o Incesticide (1992).
Porém, um ano depois, chegou a hora de a banda mostrar um novo trabalho e ele era o In Utero (1993). Se a gravadora esperava um novo disco Pop falando de situações cotidianas da vida de um adolescente e com melodias fáceis de cantarolar, ela se decepcionou bastante. O que a banda trouxe foi um álbum denso, com várias letras críticas e alternando muito bem entre peso e calmaria.
Enquanto o trabalho de estúdio anterior era cheio de hits e elevou a banda ao sucesso falando da angústia adolescente, agora a banda já queria falar de novos temas. Aqui não tinha mais a desilusão por Tobi Vail e sim uma relação amorosa e complicada com Courtney Love. No meio de todo esse turbilhão de emoções e situações, surgia o último trabalho de estúdio de uma das maiores bandas de todos os tempos.
O In Utero (1993) não chegou nem perto das vendas de Nevermind (1991), mas também passou longe de ser um fracasso. Mesmo sendo um álbum mais denso, o trabalho ainda contou com grandes hits como Heart-Shaped Box e All Apollogies, além de ótimas músicas como Pennyroyal Tea, Rape Me e Dumb.
O podcast Prisioneiros do Rock dedicou um capítulo todo de seu trabalho para falar mais sobre o In Utero (1993) do Nirvana. Quer saber mais curiosidades desse álbum? Não deixe de clicar abaixo!
A angústia adolescente presente em Nevermind (1991) dava lugar a problemas mais maduros: agora Kurt Cobain era casado com Courtney Love e tinha uma filha com ela, a Frances Bean Cobain. Para o músico, escrever sobre desilusões adolescentes já era algo ultrapassado, as questões agora eram um pouco mais complexas.
Aliás, a própria abertura do álbum diz algo sobre isso “A angústia adolescente pagou muito bem, agora estou velho e entediado”. Kurt conseguiu tirar sarro de si mesmo e já deixava claro no primeiro verso da primeira música de seu novo disco que In Utero (1993) seria bem diferente. E foi.
O amor e ódio por si mesmo, por seus pensamentos “a frente”, suas inúmeras questões com Courtney Love, sua relação conturbada com a mídia: aqui, Kurt pôde desabafar de um jeito bem sincero e trouxe à tona novas angústias, agora mais voltadas para o homem que ele havia se tornado nos últimos anos, principalmente após a fama e após ser pai.
No podcast Prisioneiros do Rock você confere todos os detalhes do álbum, análises das músicas, curiosidades da gravação e muito mais sobre In Utero (1993), o último álbum de estúdio lançado pelo Nirvana.