Banda de rock gospel com defeito de fábrica e sem garantia.
No cenário das bandas desse nicho, muitas buscam evitar o “evangeliquês” optando por abordar seus temas de forma mais subjetiva. Nessa jornada, o objetivo (como se fosse o bastante), é evitar rimas batidas que envolvam as palavras Jesus, cruz e luz. Para as figuras do contraluz na foto, isso tem transformado a cena cada vez mais em algo semelhante a um baile de máscaras da Idade Média.
Cientes desse movimento, a Judeu Marginal possui nas plataformas de streaming três singles repletos de Evangelho, sem tentar camuflá-lo e, surpreendentemente, sem soar dogmática e cafona. A mensagem é tão explícita quanto um baile funk carioca.
Confira a explicação da própria banda no momento do lançamento de uma das músicas: “Ela representa o anseio por um Messias de pavio curto, pá-virada e que explodisse o Império Romano em pedacinhos. Uma grande expectativa por alguém que promovesse e liderasse uma rebelião, com nacionalismo no peito, sangue nos olhos e faca nos dentes.
Mas quem veio decepcionou a quem um monstro esperava. O Messias não veio Neo em Matrix, não veio gladiador Golias repaginado sem o calcanhar de Aquiles na testa, não chegou adulto e armado como Arnold em “O Exterminador do Futuro”, mas bebê frágil, parido em uma manjedoura e que mais tarde diria o seguinte: ‘Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra’. ” Compartilhou sobre a faixa “O Messias” em sua conta do Instagram.
A banda da Baixada Fluminense também tem uma visão singular sobre seu funcionamento. Eles afirmam que nasceram com uma data de validade na formação (atualmente vencida) e defendem aparições regulares nas redes sociais por temporada. Resumindo, tudo indica que a banda planeja retomar suas atividades com uma nova formação, novas músicas e, é claro, seus famosos posts reflexivos no Insta. Aguardemos.
Letícia Moraes (Vocal), EJ (Guitarras) e Sergio Verine (Bateria)