Artigo Opinião
Existe alguma banda de rock brasileira no mainstream nacional hoje? Ou reformulando a pergunta, existe alguma banda de rock brasileira fazendo sucesso nos meios de comunicação de massa?
Lá fora existem bandas de rock brasileiras brilhantes nos rankings da BILLBOARD – é o caso recente da banda Crypta.
Mas e aqui? Sim, o movimento rockeiro no Brasil segue lotando estádios e criando eventos sensacionais – é o caso do JOÃO ROCK em Ribeirão Preto, do 2000 ROCK FEST no Mineirão ou do MARANHÃO OPEN AIR. Mas o que acontece quando você liga a velha TV em um final de semana, escuta trilhas sonoras de novelas nos dias de semana, sintoniza rádios e infelizmente tudo que se enxerga e escuta é o beat do rap do DJONGA, batidões das raves, a bundalização da Luíza Sonza e bandas de sertanejo universitário?
Você já foi em um Show de Rock? Shows de Rock não dançantes (sim, existe muito rock dançante) possuem um formato diferente das demais vertentes musicais da qual vemos por aí. Shows de Rock são como um tipo de espetáculo, as pessoas vão para apreciar o que está no palco, seja para assistir as bandas se apresentarem enquanto cantam suas musicas favoritas ou para escutar e ver aquele riff marcante que pega e gruda por uma semana na cabeça.
Se você for em algum outro tipo de casa de shows de música – que não seja – rock – você verá um público mais velho, na caça de sua birita e de um rabo de saia.
O Retorno do Rock Mainstream da Capricho
A última febre verdadeira no movimento musical do rock foi o EMOCORE. Você escutava nas rádios, assistia da televisão, ouvia no Youtube, nos grandes portais de música e nos comerciais de produtos para cabelo. O movimento EMOCORE brasileiro aqui no Brasil, esteve muito cunhado no Emo hardcore melódico norte americano – músicas melódicas falando sobre amor.
O EMO teve duas vertentes: a primeira leva, o EMOTIONS DARKNESS, que possuía um tom mais triste e magoado e a segunda leva que possuía uma estética feliz e animada, o tal do EMO COLORIDO, os caras pareciam ter imitado o figurino para a capa do disco DIRTY WORK dos ROLLING STONES.
A primeira vertente, possuía um astral depressivo.
Em minha vivências de praça, violão e cachaça, eu via a gurizada apaixonada querendo namorar, caso contrário cortavam os próprios pulsos, via pessoas se debatendo na grama das praças enquanto tomava Sukita com cachaça tocando Rock gaúcho.
Meus amigos de Crust punk vinham de Porto Alegre só pra assistir o comportamento da galera. Havia a “pump“, jogos de dança na entrada do cinema. O pessoal ia até o cinema, na famigerada “pump” do Cinemark, e depois voltava para a praça, enquanto eu ainda estava lá, como todo bom fã da cena grunge, tocando meu violão, de flanela, em pleno verão.
O Surgimento do Emo colorido
O Emo colorido trouxe vida, oxigênio e frescor para a cena, expulsando assim, os góticos que se autointitulavam emos.
Estamos presenciando um retorno das antigas bandas coloridas, o seu público que na época era muito e muito jovem, agora é um público comprador – as crianças cresceram, casaram, tem filho e isso ajuda a reforçar a indústria musical.
Bandas consideradas importantes no rock – que estiveram presentes em veículos de comunicação de massa – como RESTART e CINE se reúnem para voltar aos palcos. Isso nos leva a pensar que ainda há esperança para um grande cenário de futuros adolescentes roqueiros.
Voltando para a história do rock dançante… Ele continua bem vivo… casas de shows aqui em Porto Alegre seguem com os famosos SMASHING POTATOS em alta! Se você não sabe o que é smash potato ou mashed potato, clique aqui.
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