Nirvana: saiba curiosidades sobre “About a Girl”

Nirvana é, sem dúvida, uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos, sendo fundamental para o Grunge e para o Rock Alternativo. Curiosamente, uma das músicas que Kurt Cobain mais gostava era About a Girl, faixa que saiu já no primeiro álbum, o Bleach (1989), e que tem uma história curiosa.

 

Principalmente nesse primeiro álbum, Kurt se importava muito com o que a cena pedia. Gravar About a Girl foi um ato de “rebeldia contra os rebeldes”, uma vez que todas as bandas daquela cena e que se inspiravam no Punk Rock achavam até trabalhos como R.E.M. leves demais.

 

About a Girl tem uma musa inspiradora: Tracy Marander, a primeira namorada de Kurt Cobain. O músico vivia com ela desde o fim de 1987 e, como não conseguia um emprego fixo, ela o sustentava. A situação gerava alguns conflitos e em meio a discussões, ela pediu que ele fizesse uma música para ela. Nascia uma das únicas baladas de amor do Nirvana.

 


 

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Diferente de outras bandas, Kurt não queria fazer algo piegas ou cheio de frases de efeito. Ele precisava ser honesto quanto ao que sentia, mas também não queria exagerar e criar uma balada cheia de promessas de amores eternos. A letra de About a Girl cumpriu muito bem todo este papel.

 

Seja pela repetição de “I do” (o “sim” dos noivos no altar) ou pela sensação de estar fazendo algo pela amada (uma vez que ela pagava todas as contas sozinha), a música mostra que Kurt estava compromissado com ela e que a música poderia provar isso.

 


 

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Curiosamente, quem deu o título da canção foi Chad Channing, o baterista que gravou o Bleach (1989). Cansado de ouvir “vamos tocar aquela balada”, perguntou a Kurt sobre o que falava letra da música e o vocalista respondeu “sobre uma garota”. Assim, então, era definido o título dessa faixa que, além de estar com a banda desde Bleach (1989), foi a responsável por abrir o show do MTV Unplugged in New York (1994).

 

O canal da Rockstage Brasil no Youtube lançou um vídeo falando mais sobre essa boa música do Nirvana. Quer conferir e saber mais sobre  a faixa? Não deixe de clicar abaixo!

 

Layne Staley: Diários Perdidos Serão Publicados em Livro Oficial

Intitulado This Angry Pen: The Lost Journals of Layne Staley, o livro reunirá uma coleção de poesias, ilustrações, letras de músicas, tributos de fãs, fotos e outros materiais inéditos do lendário vocalista do Alice In Chains. Staley é creditado como o único autor da obra, que tem lançamento programado para 11 de novembro pela editora Simon & Schuster.

 

Segundo a descrição oficial, This Angry Pen oferece um mergulho na mente criativa de Staley por meio de escritos pessoais, rascunhos e notas íntimas, proporcionando um olhar único sobre o artista que marcou uma geração.

 

Embora a capa do livro ainda não tenha sido revelada, a edição de capa dura já está listada pelo valor de US$ 40.

 

Controvérsia Entre os Fãs

O Instagram de Nehi Stripes Seattle  (@nehistripesseattle) afirmou ter recebido a confirmação de Nancy McCallum, mãe de Staley, garantindo que o livro é autorizado. Além disso, a publicação compartilhou uma imagem da suposta capa do lançamento.

 

 

No entanto, entre os fãs do Alice In Chains, a novidade gerou debates. No Reddit, muitos demonstraram preocupação sobre a natureza do lançamento, questionando se ele respeita a privacidade do cantor.

 

“Parece apenas uma forma de lucrar… Gostaria de saber se a família de Layne realmente está por trás disso”, comentou um usuário. Outro sugeriu que, apesar das críticas iniciais, a curiosidade pode levar muitos a adquirirem o livro após o lançamento.

 

Há também especulações sobre diários que teriam sido roubados da residência de Staley após sua morte, mas não há fontes confiáveis que confirmem essas alegações.

 

E você, fã de Alice in Chains e grunge? O que achou dessa novidade?

 

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Groover: Os melhores de Fevereiro segundo a Rockstage Brasil

Caros leitores, entramos em mais um mês de 2025 e começamos aqui a seleção dos melhores nomes enviados pela Groover para nossa avaliação. Esperamos que gostem das dicas. Vamos lá…

 

hydrogene

 

Direto do Reino Unido, a banda Hydrogene é um grupo de músicos talentosos da renomada cena de rock de Nottingham. Em “Sunset” a banda mostra competência e lembra bons momentos de bandas como Pearl Jam e especialmente Creed. Instagram @hydrogenemusic.

 

 

Stepfather Fred

 

Os alemãs do Stepfather Fred já são bem conhecidos pela Europa e aqui na Rockstage Brasil. Eles estão tentando expandir seu repertório por todo o mundo. A boa faixa “The One” é uma canção de amor temática e pesada, baseada no mundo dos games. O resultado você confere aqui. O instagram da banda é @stepfatherfred.

 

 

Mall Gag

 

Mall Gag é um grupo indie rock emergente composto por veteranos da cena musical de Nashville. A faixa “Angel In The Oil” vai agradar em cheio os fãs do estilo e você pode acompanhar a banda através do Spotify. Clique aqui!

 

 

Non-Divine

 

A banda holandesa Non-Divine, liderada por Ivor van Beek, relançou o álbum de estreia “Asylum 45” em todas as plataformas disponíveis em 24 de janeiro de 2025. “One Man, One Soul” puxa o barco e entrega com maestria uma faixa com groove, peso e melodia. Ótimo trabalho. Instagram @nondivinemusic.

 

 

Day Friend

 

A banda americana Day Friend traz uma sonoridade influenciada por Thee Oh Sees, Frankie and the Witch Fingers e Ty Segall Band, explorando um rock psicodélico intenso e envolvente. O bom, e diferente, single “Paralysis”, faixa de encerramento do primeiro álbum da banda, mergulha na angústia de alguém preso em um estado de paralisia do sono. A música serve como o desfecho de um pesadelo impulsionado pelo hiper-capitalismo, questionando se o protagonista realmente despertou ou se nunca esteve sonhando. Com um conceito bem elaborado, “Paralysis” se apresenta como uma porta de entrada perfeita para novos ouvintes conhecerem a banda e sua proposta única. Instagram @_dayfriend.

 

 

Rash Panzer

 

A banda suíça Rash Panzer remete seu som ao hard-rock de bandas como AC/DC. “Fight” é o terceiro single do álbum “Born To Rock N Roll”. Bom para sentar na sala ao final de um dia entediante, abrir uma cerveja bem gelada e ouvir bem alto. Instagram @7usmediagroup.

 

 

Steve Creep And The Wildcards

 

Já conhecidos da Rockstage Brasil, os canadenses da Steve Creep And The Wildcards trazem novamente seu hard-rock setentista com o bom e radiofônico single “Revolution Radio”. Clique aqui e veja outros artigos sobre a banda. Instagram @stevecreepandthewildcards.

 

 

Cerebrius

 

Cerebrius é um projeto musical de uma americano chamado Ricky que, assim como diversos artistas em todo o mundo, tem como hobby gravar suas músicas em seu home studio. Em “Neurosis” ele demostra que sabe exatamente o que está fazendo e onde quer chegar. Siga no Spotify clicando aqui!

 

 

Jeet Kune Do

 

Jeet Kune Do é uma banda de Hard Rock de Trollhättan, Suécia, fundado em 2021 por quatro músicos com bastante experiência em outras bandas também de hard-rock. Em “Fly Way” as influências de ícones do estilo como Kiss e Deep Purple saltam aos ouvidos. Boa banda pros fãs de hard-rock. Confira outras faixas no Spotify, clicando aqui.

 

 

Talley Tunes

 

Talley Tunes é mais uma “banda de um home só” que sai atirando, e acertando, para todos os lados. A ótima faixa “Living At Full Speed” foi lançada neste mês e é o primeiro single da banda em 2025. Vale conferir… Siga o Instagram @talleytunes.

 

 

Copale

 

Copale é mais uma promissora banda alemã emergindo na cena musical. Com riffs de guitarra pesados e influenciados pelo metal, um baixo encorpado que muitas vezes assume o papel de uma segunda guitarra, bateria dinâmica e vocais melódicos, a banda entrega um som autêntico e envolvente. Suas letras refletem a vida de forma genuína, enquanto sua sonoridade carrega forte influência do grunge do início dos anos 1990. Siga no Instagram  @copale_band.

 

 

Matted

 

Matted é uma nova banda que vem lá do Reino Unido. Aqui você confere o bom e pesado single “Material” que é o primeiro de uma série de lançamentos planejados para 2025. Vamos ficar de olho nesses caras. Siga no Instagram @mattedofficial.

 

 

Haast Hunter

 

Haast Hunter é uma banda de rock e metal alternativo que vem da Nova Zelândia. Você pode encontrar algumas matérias sobre esses caras aqui na Rockstage Brasil. Clique aqui para ver. Em “Spite” você confere mais um bom single, lembrando bandas como Quicksand e Chevelle. Siga no Instagram @haast_hunter.

 

O que acharam dos destaques da Groover em Fevereiro? Até a próxima…

Alice in Chains: a trajetória dessa grande banda na fase de Layne Staley

O Alice in Chains é, sem dúvida, uma das maiores bandas da década de 90. A união de Jerry Cantrell e Layne Staley é basicamente a dupla Lennon e McCartney do Grunge.

 

A sonoridade intensa e, ao mesmo tempo, melancólica que a banda trouxe em sua carreira, principalmente nessa primeira fase, é marcante. Conseguir aliar agressividade, intensidade, sonoridade soturna e melancolia, foi o que fez o Alice in Chains atingir o sucesso que conquistou.

 

Tudo começa com a amizade entre Layne e Jerry. O guitarrista acabou indo morar no estúdio onde Layne ensaiava com outros projetos musicais. Aquela amizade inicial seria o ponto de partida para a criação de uma das melhores e mais viscerais bandas da cena.

 

Quando, enfim, Jerry conseguiu juntar Mike Starr no baixo, Sean Kinney na bateria e conseguiu convencer o Layne de fazer parte do projeto, aí sim tudo fluiu muito bem para a banda. Começava, de vez, o Alice in Chains.

 

A relação da banda e principalmente de Layne com a morte surgiu desde o início: afinal, abrir o disco de estreia com uma faixa chamada We Die Young (nós morremos jovens) já deixa bem claro sua relação com o tema. O que acabou se demonstrando ser ainda mais verdadeiro com a partida de Layne uma década depois.

 

 

Para saber mais sobre a banda, você pode adquirir, direto pela Amazon, o Livro Alice in Chains – A história não revelada.

 


 

O disco de estreia, Facelift (1990), já chegou com muito trabalho bom, uma sonoridade underground, intensidade, agressividade e melancolia. A banda conseguiu colocar um de seus maiores sucessos, a faixa Man in the Box, já nesse primeiro trabalho e conseguiu conquistar fãs pelo mundo todo. Além da faixa, outras músicas como We Die Young, Sea of Sorrow e Bleed the Freak também são ótimas nesse álbum, alternando entre agressividade e melancolia.

 

A banda foi ousada: após esse lançamento, chegaram com um EP quase acústico, trazendo uma sonoridade introspectiva e em formato de canções: o SAP (1991) mostrou um outro lado da banda; lado que ficaria mais evidente em lançamentos posteriores como o Jair of Flies e o Unplugged. Foi aqui que a banda apresentou ótimas faixas como Brother e Got Me Wrong, mostrando que sabia trabalhar com sonoridades acústicas e melancólicas também.

 

O EP foi muito bem aceito e fundamental para que a banda tivesse tempo para se preparar melhor e produzir o álbum mais trabalhado da banda que foi o seguinte: Dirt (1992) chegou com tudo, mostrando ainda mais agressividade que o primeiro trabalho, além de grandes sucessos. O álbum abre com Them Bones, onde Layne já chega gritando e a banda mostra um trabalho com quebra de tempo e com muita intensidade. O disco ainda conta com a melancólica Down in a Hole, mostrando que ainda sabiam fazer boas baladas. Faixas como Rooster, Angry Chair, Dam that River e Would também merecem destaque nesse grande disco.

 

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Porém, após o lançamento de Dirt (1992), o vocalista Layne começou a ficar mais recluso e ter muitos problemas pessoais, além de problemas com drogas. Mesmo assim, a banda ainda seguia compondo e lançou o EP mais famoso de sua carreira: Jair of Flies (1993). Este trabalho é tão bom que foi o primeiro EP a ganhar destaque na Billboard. Músicas como Nutshell, Rotten Apple e No Excuses merecem destaque nesse disco.

 

Pouco depois, a banda entrava em estúdio para lançar o último álbum completo de estúdio com Layne Staley nos vocais: o Alice in Chains (1995). Com uma sonoridade ainda mais mórbida, cheio de intensidade e melancolia, o álbum mostrou que a banda ainda sabia fazer ótimos trabalhos, alternando entre agressividade e melancolia. O trabalho é bom desde sua capa, que contou com um cachorro de três patas, simbolizando ser o terceiro disco do grupo. O álbum é conhecido também como “Tripod”. Músicas como Grind, Again e Heaven Beside You são os destaques dessa obra. O disco também mostra como Layne se encontrava debilitado: tanto em seu jeito de cantar como também sua imagem nos videoclipes.

 

 

A banda começou a não fazer apresentações ao vivo devido ao estado de Layne, mas aceitou o convite da MTV para fazerem o Unplugged MTV. O trabalho acústico mostrou que a banda sabia muito bem fazer canções melancólicas e que não dependia só de suas guitarras distorcidas para fazer um bom trabalho. O disco apresenta muita melancolia, mas mostra também o talento da banda em criar melodias e fazer uma apresentação digna. Sem dúvida, um dos melhores acústicos da MTV.

 

O canal da Rockstage, no quadro Rockstage Talks, falou mais sobre a carreira da banda até a morte de Layne Staley. Quer saber mais? Então não deixe de clicar abaixo agora mesmo!