Gypsy Tears: A Força do Rock Mineiro inspirada em lendas locais

A banda mineira Gypsy Tears entrega mais uma obra de arte em seu bom single “Carcará”, a quarta faixa do álbum Blue Bird. A música se inspira em uma antiga lenda da Serra da Canastra, região onde os integrantes da banda residem. Segundo a história, o carcará — uma ave de rapina típica do cerrado brasileiro — pune pessoas mentirosas e fofoqueiras, bicando suas nucas. É uma metáfora poderosa contra a propagação de intrigas e boatos, resgatando a essência de uma mitologia interiorana de Minas Gerais.

 

Em “Carcará”, a banda combina a energia do Hard Rock com um toque único: o uso da gaita ao final da faixa. Esse instrumento, além de trazer um viés popular à música, representa “a chegada do carcará”, criando um clima sombrio reforçado pela mudança de tonalidade no trecho final. A gaita imprime uma assinatura especial à música, diferenciando-a dentro do álbum.

 

Sobre a banda

O Gypsy Tears, formado por Thiago Valle (guitarra, composições, backing vocals), John Laporte (vocais), Cleiton Hipólito (baixo, backing vocals) e David Augusi (bateria), se destaca por seu Hard Rock enérgico com influências de Blues, Stoner e Country Rock. Suas composições carregam riffs marcantes, vocais melódicos e impactantes, e letras que valorizam a regionalidade e temas humanos profundos, reforçando a conexão com a cultura mineira.

 

“Carcará” é mais do que uma música — é uma ode à riqueza cultural de Minas Gerais, transportando uma lenda local para o cenário do Rock n’ Roll. Se você busca um som autêntico, com identidade e potência, Gypsy Tears é uma banda que merece sua atenção.

 

Confira “Carcará” em todas as plataformas de streaming e sinta a força do rock mineiro em sua essência mais genuína.

 

Gypsy Tears nas redes sociais

Silverchair: “Neon Ballroom”, o diário real da banda

Não é sempre que três adolescentes conquistam o mundo da música já no primeiro álbum. Mas foi exatamente o que aconteceu com a banda australiana de Rock chamada Silverchair, logo após o lançamento de seu trabalho de estreia, o Frogstomp (1995). Aqui a banda explorava letras que falavam sobre a adolescência e a vida de garotos não populares, além de trazer temas mais maduros sobre guerras e conflitos também.

 

Com a formação que contou com Daniel Johns na guitarra e nos vocais, Chris Joannou no baixo e Ben Gillies na bateria, a banda lançou os álbuns Frogstomp (1995), Freak Show (1997), Neon Ballroom (1999), Diorama (2002) e Young Modern (2007), sendo os três primeiros os maiores sucessos da banda.

 

O trabalho da banda é considerado um Post-Grunge, muito pelas suas influências que vinham de bandas de Seattle da primeira década de 90. Além disso, o trabalho do SIlverchair ainda contava com influências de Stoner Rock e Doom Metal, trazendo riffs densos e influências também de bandas como Black Sabbath. Essa mistura fez com que a banda atingisse uma sonoridade quase única, sendo intensa, técnica e melódica.

 

É claro que uma exposição direta e alta com a fama logo na adolescência mexeu bastante com o psicológico dos garotos que tentavam conciliar a fama com os estudos, uma vez que ainda estavam na escola quando começaram a ter sucesso na música.

 

 

O álbum Neon Ballroom (1999) é o mais diferente da primeira fase da banda: aqui a banda explorou novas temáticas e novas sonoridades, deixando um pouco de lado aquele som mais cru e intenso presente nos dois primeiros trabalhos. No terceiro álbum podemos notar mais trabalhos com teclados, novas temáticas e novas sonoridades, deixando o disco mais bem trabalhado.

 

Porém, isso não veio por acaso: Daniel Johns considera o álbum um trabalho conceitual da banda, uma espécie de “diário musical”. Segundo ele, o trabalho relatou com detalhes os problemas vividos pelos músicos da banda durante aquele período. Sendo assim, a banda explorou uma sonoridade mais experimental neste trabalho, sendo um disco bem diferente do que a banda havia feito até então.

 

Uma situação que deixa essa situação de “diário” bem explícita é a letra de Ana’s Song. A música fala sobre anorexia, doença que o vocalista Daniel Johns enfrentou em sua juventude. A letra trata como se a doença fosse uma pessoa que destruísse a vida do eu-lírico e a banda conseguiu expressar bem os sentimentos do vocalista diante dessa difícil situação.

 

Após este álbum, a banda entrou em uma nova fase, onde começou a explorar sons ainda mais diferentes, flertando até com a Música Eletrônica em muitos momentos. O Silverchair entrou em hiato em 2011, mas Daniel Johns já deu declarações que a banda não volta mais.

 

 


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Engenheiros do Hawaii: Augusto Licks fala sobre seu show de reencontro com Carlos Maltz depois de mais de 30 anos

Imagine você fazer parte de um dos maiores nomes do Rock Nacional e depois ser despedido da banda sem maiores explicações. Sua vida muda completamente, você deixa de fazer o que vinha fazendo ao longo dos últimos anos e deixa de ter contato com as pessoas e a própria vida que você teve. Foi o que aconteceu com Augustinho Licks, o guitarrista mais lembrado e venerado que passou pelos Engenheiros do Hawaii.

 

O último trabalho que Licks fez parte na banda foi o Filmes de Guerra, Canções de Amor – ao vivo (1993). Antes disso, havia gravado o Gessinger, Licks e Maltz (1992) no estúdio, o trabalho com mais referências de Rock Progressivo que a banda lançou ao longo de sua carreira.

 

 

Após problemas gerados pela convivência e por estresse, Humberto Gessinger e Carlos Maltz decidiram seguir a banda sem a presença de Licks. Maltz sairia da banda após a turnê do Simples de Coração (1995). Licks nunca mais conversara de verdade nem com Maltz e nem com Gessinger após o rompimento.

 

Trinta e um anos se passaram e Maltz e Licks voltam a conversar. Dessas conversas, surge a ideia de subirem aos palcos juntos mais uma vez. A ideia foi logo ganhando forma e, juntos da banda Engenheiros Sem Crea, hoje os músicos tocam juntos novamente.

 

A formação dos Engenheiros do Hawaii que contou com Humberto Gessinger no baixo e nos vocais, Augustinho Licks na guitarra e Carlos Maltz na bateria foi, sem dúvida, a melhor formação da banda, onde conseguiram conquistar muitos fãs, conseguiram também lançar grandes álbuns e fazer apresentações memoráveis.

 

O guitarrista Augutinho Licks falou ao canal Pitadas do Sal um pouco mais sobre essa experiência de tocar aquelas músicas de décadas atrás que ele havia ajudado a compor, falou da emoção de reencontrar Carlos Maltz e também de encontrar um público sedento por aquele show e por aquela apresentação. Quer saber mais sobre o que o grande guitarrista Licks disse? Não deixe de clicar abaixo!

 

 


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