Cearenses do Canil lançam EP inédito de indie rock “Caramelo”

Após longo hiato, o quarteto cearense da Canil está de volta com o lançamento do novo EP “Caramelo” que se encontra disponível em todas as plataformas de streaming.

 

Nesta nova fase, a banda lança o EP com 4 músicas inéditas acompanhadas por videoclipes. Como o título pode sugerir, “Caramelo” encontra inspiração em experiências da vida comum brasileira, as quais, no entanto, são abordadas por uma perspectiva emocional e introspectiva. O trabalho possui arranjos pesados, porém suaves e letras diretas, apesar de profundas. As faixas “Faile (Fevereiro)”, “Da Estrada”, “Cem” e “Esqueça” retratam dramas brasileiros sob uma ótica intimista e sentimental.

 

 

Canil é uma banda de rock alternativo formada no final de 2012 em Fortaleza-CE. Apesar da influência de bandas como Nirvana, Soundgarden e Bush, a banda opta por cantar em sua língua pátria, tomando cuidado especial com a matéria das letras, as quais geralmente tratam sobre relacionamentos bem como injustiças e desajustes sociais.

 

O novo EP foi gravado no Proaudio e MV Estúdios, produzido e mixado por Moisés Veloso e Canil, e masterizado por Canil. Escute “Caramelo” o novo EP da Canil, clicando aqui.

Legião Urbana: quem foi Mariane na vida de Renato Russo?

Renato Russo, grande letrista e líder da Legião Urbana, sempre escreveu em suas músicas, muito sobre o que viveu. Entre histórias reais e ficções, Renato sempre colocava um pouco de si e de pessoas ao seu redor em seu trabalho.

 

Uma dessas pessoas foi sua musa, Mariane. Antes de se assumir ou até se entender como bissexual, o músico era apaixonado por uma prima distante chamada Mariane. Além de uma música com seu nome, ela também foi musa inspiradora de letras como Ainda é Cedo e até Faroeste Caboclo, quando Renato criou uma história de um triângulo amoroso baseada numa situação real: Flávio, baixista do Capital Inicial e amigo de Renato, acabou tendo um caso com Mariane, o que deixou o líder da Legião triste e indignado.

 

A musa ainda era irmã de Dado, mas não o Villa-Lobos, guitarrista da Legião: Dado também era o apelido de um primo distante de Renato; primo que foi até “homenageado” em uma música chamada Dado Viciado, faixa que foi lançada apenas no álbum póstumo da Legião, Uma Outra Estação (1997). Aliás, a música não fora lançada antes justamente porque acreditavam que o Dado citado na letra poderia ser confundido com o guitarrista da banda, que não tinha nada a ver com a história.

 

O canal Pitadas do Sal falou um pouco mais sobre Mariane e sua influência na vida e na obra de Renato Russo. Quer saber um pouco mais? Não deixe de clicar abaixo!

 

 


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A banda Barão Vermelho, sem dúvida, é uma das maiores bandas de Rock do Brasil de todos os tempos. Formada por garotos entre o fim dos anos 70 e começo dos anos 80, a banda segue em atividade até os dias de hoje, mesmo tendo trocado de vocalista duas vezes ao longo de sua trajetória.

 

A primeira troca aconteceu em 1985 quando Cazuza decidiu deixar a banda para seguir carreira solo. O anúncio pegou o restante dos músicos de surpresa, mas, mesmo assim, o Barão decidiu seguir sem ele e Frejat, que até então era apenas o guitarrista, decidiu assumir os vocais também. A escolha foi sábia e o músico conseguiu dar conta do recado e fez ótimos vocais com a banda.

 

A separação entre Cazuza e Barão Vermelho acabou sendo bom para os dois lados: o Barão amadureceu ainda mais seu som com o passar dos lançamentos e Cazuza chegou ao auge em sua curta carreira solo. Cazuza conseguiu o que queria: misturar seu Rock and Roll com outros estilos como MPB, por exemplo. Não é à toa que em sua faixa Faz Parte do Meu Show ele diz “Vivo num clip sem nexo, um pierrô-retrocesso, meio bossa nova e rock’n’roll“.

 

O fato de o Cazuza ter um pai ligado à gravadora Som Livre fez com que o músico crescesse ao redor de grandes nomes da MPB desde sua infância, o que obviamente impactou-o diretamente em sua obra, fazendo com que o Rock fosse apenas parte de sua expressão artística, mas não o todo. Aliás, discussões sobre misturar Rock com outros estilos também ajudaram a romper as relações entre Cazuza e Barão Vermelho, pois enquanto o vocalista gostava dessa gama de influências e queria trazê-las para a sonoridade da banda, o restante queria se manter na sonoridade mais Rock and Roll de sempre.

 

 

O curioso é que, com o passar do tempo, o Barão foi amadurecendo seu som e chegou a flertar mais tarde com outros estilos, chegando a fazer até releituras de músicas da MPB e do Samba em seu disco lançado de covers, o Álbum (1996). Essa maturidade musical ajudou muito o Barão a crescer ainda mais na cena da música, fazendo com que a banda conseguisse lançar trabalhos cada vez melhores.

 

O álbum Na Calada da Noite (1990) talvez seja “a virada de chave” da banda: foi aqui que exploraram novas sonoridades, trouxeram diferentes influências e referências e fizeram com que o trabalho fosse um “divisor de águas” na carreira do Barão. O álbum seguinte, Supermercados da Vida (1992) mostra a continuidade desse amadurecimento e desse crescimento musical da banda, sendo um trabalho ainda melhor.

 

Ouça abaixo o trabalho Na Calada da Noite (1990) na íntegra.

 

 

De qualquer forma, não existiria o Barão Vermelho que conhecemos hoje se eles não tivessem se arriscado e feito uma sonoridade diferente como fizeram em Na Calada da Noite (1990). Em entrevistas, a banda chegou a comentar que o álbum era para simular alguém andando pelas ruas e passando perto de diversos bares com a vida noturna agitada, cada um tocando uma música diferente, de um estilo diferente. É justamente o que encontramos nesse álbum: tem Rock com bastante groove, tem Blues com influências latinas, tem baladas de Rock, tem Hard Rock; enfim, é um trabalho complexo e muito bem feito.

 

Aliás, não foi só a baixa de Cazuza que a banda enfrentou até o lançamento de Na Calada da Noite (1990): após o lançamento do trabalho Rock’n Geral (1987), o baixista e um dos fundadores da banda, Maurício Barros, decidiu deixar a banda. Entre o lançamento do álbum Barão ao Vivo (1989) e as gravações de Na Calada da Noite (1990), o baixista também deixou a banda, sendo substituído por um de seus ídolos no instrumento, o Dadi (A Cor do Som). Ou seja, a banda passou por muita coisa até o lançamento deste bom álbum.

 

 

Uma característica marcante deste trabalho é a grande presença de violão e de bastante percussão: foi o primeiro álbum onde Fernando Magalhães (violões e guitarras) e Peninha (percussão) eram, de fato, integrantes da banda; até então, os músicos seguiam como contratados nos shows e faziam participações em algumas músicas no estúdio. A presença dos dois no processo de criação e arranjo, com certeza, enriqueceu muito a obra e trouxe uma nova sonoridade à banda.

 

Sal, do canal Pitadas do Sal do Youtube, me convidou (Helton Grunge) para conversarmos um pouco sobre essa obra do Barão Vermelho que completa 35 anos agora em 2025 e você, sem dúvida, não pode deixar de conferir esse bate-papo que trouxe informações sobre a banda e nossas impressões deste ótimo trabalho. Confira abaixo agora mesmo!