Legião Urbana: “O Descobrimento do Brasil” e o começo da despedida de Renato Russo

Renato Russo é, sem dúvida, um dos maiores nomes do Rock Nacional de todos os tempos. Sendo compositor de grandes músicas que são cantadas até os dias de hoje em bares e eventos por aí, Renato foi muito importante para a cena Rock dos anos 80.

 

Sua música era bem visceral e autobiográfica, ou seja, dependendo de como ele estava no momento em que compunha, as músicas seriam mais alegres e esperançosas ou mais tristes e melancólicas. Isso fica claro quando ouvimos o álbum V (1991) e depois ouvimos o O Descobrimento do Brasil (1993): percebemos como a sensação transmitida passa de uma melancolia enorme para uma alegria, para uma esperança.

 

 

Segundo o canal Pitadas do Sal, isso tem muito a ver com o que o músico e compositor vivia naquele momento de sua vida: sobriedade. Pela primeira vez desde que atingira o sucesso, Renato não se via dependente de tóxicos e nem de álcool; músicas como Vinte e Nove evidenciam isso.

 

O álbum é bem mais “vivo” e colorido que os demais: desde a capa isso fica bem claro. Até em músicas mais tristes, como Os Barcos, Renato não se mostra desolado ou em prantos; apenas reflete para a pessoa amada que “você diz que tudo terminou mas qualquer um pode ver que só terminou pra você”. É claro que há uma tristeza ali, mas é uma tristeza madura, uma tristeza onde há a aceitação e até uma dose de esperança de que o cenário pode mudar; nada de desespero, de melancolia, de dramas excessivos.

 

 

É uma pena que justamente no momento em que a banda deixava aquela rebeldia adolescente de lado e conseguia também superar os vícios de Renato, eles começavam a se despedir do público. Talvez em O Descobrimento do Brasil (1993), a banda tenha atingido um ápice de maturidade e tenha conseguido criar uma obra com começo, meio e fim, abrangendo diferentes temas e trazendo diferentes sonoridades, sem se basear em momentos específicos ou situações impulsivas.

 

O Descobrimento do Brasil (1993) traz consigo uma sobriedade, uma maturidade, que a banda jamais tivera antes e que também não tivera tempo de apresentar depois. Até porque em A Tempestade (1996), Renato já estava bem debilitado e já havia se entregado para seu fim, conseguindo transmitir isso muito bem nas letras e nas mensagens.

 

Para o fã que acompanhou a banda desde o início, talvez O Descobrimento do Brasil (1993) tenha sido o trabalho mais difícil de ser assimilado. A banda aqui soube trazer sonoridades diferentes, temas diferentes, mensagens diferentes; além de explorar até instrumentos diferentes. Deixando aquele sentimento de tristeza extrema e aqueles refrãos para ser cantarolados e assobiados por aí, a banda mostrava uma maturidade aqui que ainda não havia atingido, tanto na composição, quanto na mensagem e nos arranjos instrumentais.

 

Quer saber um pouco mais sobre o trabalho? Confira o vídeo abaixo do canal Pitadas do Sal, que contou com a participação de Julio Ettore e também de Julliany Mucury.

 

 

Don´t Tell John

Don’t Tell John é uma banda de rock da área da baía de São Francisco. Composta por dois irmãos, dois amigos e a próxima geração de Larkin, Veronica e William, a banda mistura influências geracionais com um som fresco e moderno. Suas performances poderosas, lideradas por mulheres, atraíram comparações com lendas como Janis Joplin e Soundgarden.

“Grandad” da banda americana Don’t Tell John impressiona com vocais poderosos e guitarras marcantes

A banda de rock Don’t Tell John, da região de San Francisco Bay Area, lançou seu novo single, “Grandad”, já disponível em todas as plataformas digitais. O grupo, que combina energia multi-geracional e um som repleto de guitarras intensas, emociona com uma performance cheia de autenticidade e emoção.

 

Formada pelos irmãos Larkin, Mark e Jack, junto com a nova geração da família – Veronica nos vocais e William na guitarra – e completada por Jon Protass na percussão e Eric Cretarolo na guitarra solo, a banda entrega um rock envolvente e cheio de identidade. Veronica, com seus vocais poderosos e carregados de emoção, tem sido comparada a lendas como Janis Joplin, enquanto fãs descrevem o grupo como um “Soundgarden liderado por uma mulher”.

 

 

“Grandad” é uma homenagem emocionante que aborda temas como solidão e o passar do tempo, destacando tanto a voz marcante de Veronica quanto o talento excepcional dos guitarristas. Uma obra vibrante e tocante, perfeita para quem aprecia rock cheio de energia e significado.

 

Escute o som deles e siga nas redes sociais