Matanza Ritual Embarca em Turnê por Santa Catarina em Setembro

Banda levará seu show enérgico para quatro cidades do estado; ingressos à venda pela plataforma Bilheto

 

Uma das bandas mais autênticas do rock nacional, o Matanza Ritual está de volta à Santa Catarina para incendiar os palcos como a atração principal do prestigiado festival itinerante Desgraça Pouca É Bobagem. Garanta agora mesmo os seus ingressos para os shows imperdíveis em Florianópolis, Criciúma, Pomerode e Joinville. Os ingressos já estão disponíveis pela Bilheto.

 

A primeira parada é em Floripa (14/09),  na Célula Showcase; seguida por Criciúma (15/09), na Garden (antigo Colher de Chá). A turnê prossegue no dia 16, em Pomerode, na tradicional Wox Club, reduto de encontro de fãs de rock de toda região do Vale do Itajaí. O encerramento será realizado em Joinville, 17, no Teatro da Liga.

 

Idealizado pela Mosh Productions, o festival Desgraça Pouca É Bobagem já levou aos palcos da região sul grandes nomes como The Exploited, Richie Ramone, Gangrena Gasosa, Ratos De Porão, Cólera, Nervosa e Garotos Podres. Prepare-se para uma experiência única garantindo seu ingresso.

 

O Matanza Ritual é formado pelo time de estrelas do rock nacional: o vocalista Jimmy London, o baixista Felipe Andreoli (Angra), o guitarrista Antônio Araújo (Korzus) e o baterista Amílcar Christofáro (Torture Squad).  No repertório, uma enxurrada de clássicos do Matanza.

 

Ingressos:

Florianópolis (14/09): https://www.bilheto.com.br/evento/1598/Matanza_Ritual

Criciuma (15/09): https://www.bilheto.com.br/evento/1637/Matanza_Ritual

Pomerode (16/09): https://www.bilheto.com.br/evento/1600/Matanza_Ritual

Joinville (17/09): https://www.bilheto.com.br/evento/1649/Matanza_Ritual

Foto: Raony Correia

Conheça a banda punk asiática Otoboke Beaver

O SXSW 2023 apresentou mais de 190 artistas de uma ampla variedade de gêneros de todo o mundo, desde iniciantes a veteranos – segundo a comunicação do evento.

 

Após passar por um hiato de dois anos devido à pandemia de COVID-19, O evento deste ano aconteceu em março e contou com uma extensa programação de artistas asiáticos, incluindo o quarteto pop alternativo japonês CHAI, o grupo sul-coreano de synth pop ADOY, a cantora filipina de R&B – Kiana V, o artista pop malaio Shelhiel e também, diretamente de Kyoto – OTOBOKE BEAVER.

 

Conheça agora, um pouco da banda que está redefinindo a cena punk japonesa. Boa leitura!

 

OTOBOKE BEAVER

 

Quando um grupo se descreve misteriosamente em seu site como uma “banda de nocaute ou pound cake“, é difícil não ficar intrigado com uma caracterização tão atraente e excêntrica. Otoboke Beaver é um quarteto feminino de Kyoto, no Japão. Seu nome foi inspirado em hotéis românticos japoneses e, apropriadamente, suas canções são um grande Fuck You para relações obscuras, relacionamentos ruins e sexismo, letras anti-amor sem tempo para tristeza ou saudade.

 

 

Juntos, as integrantes Accorinrin, Yoyoyoshie, Hiro-chan e Kahokiss estão definindo a cena punk japonesa, combinando garage, punk e pop. As minas lançaram seu terceiro álbum ‘Super Champion’ em maio fazendo sua estreia em Cingapura no festival Baybeats deste ano.

 

 

OTOBOKE BEAVER

 

Suas músicas são alimentadas por uma raiva feroz e doce que é emocionante de se ver. Seu lançamento Itekoma Hits, é um álbum de “nãos” inabaláveis ​​gritados sobre riffs de guitarra retorcidos e bateria frenética. Atravessando 14 músicas em 27 minutos, suas músicas queimam como uma dor de garganta e ardem como uma árvore quebradiça encharcada de querosene.

 

As letras das músicas são narrativas de lascas de fúria crua dirigidas a situações hiperespecíficas. O título de uma das canções exige: “Apresente-me à sua família”, enquanto o encerramento de 18 segundos simplesmente pergunta: “A que horas você disse que voltaria hoje?! “. As letras da Otoboke Beaver fazem uso intenso de repetição, às vezes reiterando uma linha quatro ou cinco vezes seguidas.

 

 

 

Em nenhum lugar isso é mais apontado do que em “I’m Tired of Your Repeating Story”, onde a forma repetitiva e a guitarra frenética evocam a agitação alucinante de ouvir alguém contar uma anedota pela enésima vez: “Recepcionista entediada como um cadáver /Minhas orelhas estão sangrando/Minhas orelhas estão sangrando.” Da mesma forma, versos como “Semana de trabalho de 6 dias é uma dor” emprega uma repetição para simular o tédio de um trabalho de mesa insatisfatório, terminando com uma série de “obrigados” jocosos seguidos por um rosnado: “Foda-se!

 

 

Como uma banda, a Otoboke Beaver trabalha em conjunto perfeitamente com muita sinergia, as japas possuem um arranjo muito bem ensaiado, criando tensão com os solos sinuosos da vocalista Accorinrin e liberando-a em vocais de grupo de ranger os dentes.

 

 

Accorinrin abre um dos discos com um “Eu te odeio” enquanto ela lamenta ser uma “mulher nas sombras”. Quando o resto da banda se junta, o sentimento é unificado e poderoso, como se fortalecido por um exército de mulheres que já se sentiram assim. Esses vocais mais melódicos, embora mais raros e ásperos nas bordas, são habilmente implantados. Outras letras retratam o florescimento de um novo amor com suspense cínico, sabendo que nada pode ser doce por muito tempo.

 

 

 

Em outro lugar, a refeição caseira de uma esposa se torna um símbolo de amor e respeito inatingíveis aos olhos da desprezada amante de seu marido. Em “Binge Eating Binge Drinking Bulimia”, Otoboke Beaver canta sobre uma reação emocional ao amor não correspondido que equilibra frustração e choque.

 

Ainda assim, sua música evoca um profundo sentimento de alegria. Otoboke Beaver disse que não é feminista, afirmando ao The Japan Times no ano passado:

 

 

“Não tentamos cantar sobre os direitos das mulheres ou questões femininas em nossa música, nunca falamos sobre isso”. Mas intenção nem sempre é o mesmo que impacto; mesmo que sua música não seja explicitamente feminista, há poder em ouvir um grupo de quatro mulheres asiáticas dizerem exatamente o que querem. Ao ouvir essas canções, simplesmente assume-se que temos confiança, segurança, liberdade e equilíbrio para confrontar aqueles que nos prejudicaram, rejeitar o amor e o sexo que não nos satisfazem totalmente e exigir algo melhor. No mundo de Otoboke Beaver, a solidão é sagrada e a raiva é um espetáculo lindo e aterrorizante.

 

 

Otoboke Beaver performing live in the KEXP studio. Recorded October 14, 2022

 

Accorinrin – Vocals

Yoyoyoshie – Guitar / Vocals

Hirochan – Bass / Vocals

Kahokiss – Drums / Vocals

 

Fontes:
The Japan Times | Pitchfork | NME.com

 

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